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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Favela sobre lixão em Santo André corre risco de sofrer deslizamento



A Favela Espírito Santo, construída sobre um antigo lixão no bairro Cidade São Jorge, em Santo André está na mesma situação que o Morro do Bumba que desabou na última semana deixando pelo menos 36 mortes. A favela foi construída após a desativação do lixão em 1.987. No local vivem, segundo os ambientalistas do MDV (Movimento em Defesa da Vida), 1,4 mil famílias. "Aquilo é uma bomba relógio, pode explodir a qualquer hora", sustenta o secretário do MDV, José Contreras Castilho. Para o ambientalista a prefeitura permitiu a ocupação. "A administração foi complacente e trouxe água e energia". O MDV tentou há três anos buscar um acordo para a retirada das famílias, o acordo seria entre prefeitura e Ministério Público. "Foram feitas várias audiências públicas, mas as famílias continuam no local", diz Contreras. Um estudo do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) de 1998 aponta a possibilidade de escorregamentos.
A Prefeitura de Santo André informou através de nota que estão em andamento as obras de urbanização, que beneficiarão cerca de 1.500 famílias. De acordo com a prefeitura aproximadamente 890 famílias terão que ser removidas para 5 conjuntos habitacionais. O início da retiradas das famílias está previsto para o segundo semestre. A urbanização beneficiará 602 famílias que permanecerão nas próprias áreas de intervenção. Parte do núcleo Espírito Santo I já está sendo beneficiado com obras de urbanização desde 2003, conforme contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Dentro dessa verba estão inclusas a recuperação ambiental da área e a construção de 207 unidades habitacionais.
"Estamos fazendo bom uso do recurso federal, que já estava disponível desde 2007 e ainda não havia sido utilizado", afirmou Frederico Muraro Filho, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação. A atual Administração de Santo André, liberou verba destinada às obras de urbanização do Núcleo Espírito Santo encontrava-se com cláusula suspensiva, determinada pelo Ministério das Cidades.

Jornal ABC REPORTER
José Contreras - Ambientalista e diretor do MDV (Movimento em Defesa da Vida)

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