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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Lucro com pedágios supera R$ 1 bilhão em São Paulo


29/08/2010 - Por: Júlio Gardesani (julio@abcdmaior.com.br)


Preço dos pedágios em rodovias como Anchieta e Imigrantes afeta consumidores finais de alimentos. Foto: Luciano Vicioni


Ecovias, que administra o sistema Anchieta-Imigrantes, é a segunda concessionária mais rentável


No centro da disputa eleitoral para o governo de São Paulo está o valor dos pedágios no Estado. E, ao contrário do que prega o candidato governista Geraldo Alckmin (PSDB), as concessionárias que exploram as principais rodovias no Estado tiveram lucro líquido recorde com a cobrança de pedágios em 2009: mais de R$ 1 bilhão. Ou seja, este dinheiro é o total que fica no bolso das concessionárias, após todos os investimentos nas estradas. Os valores são referentes às rodovias terceirizadas entre 1998 e 2000 e os dados são da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), órgão do governo federal criado por lei.

O impacto do valor dos pedágios é diretamente sentido no ABCD. A Ecovias, concessionária que explora as rodovias Anchieta / Imigrantes – que ligam a Região à Baixada Santista – foi a segunda empresa com o maior lucro líquido em todo o Estado de São Paulo. Só em 2009, a Ecovias lucrou R$ 192,2 milhões; já a arrecadação da concessionária com os pedágios foi de R$ 567,9 milhões. Isso significa que 33,85% da receita com as praças de pedágio parou nos cofres da empresa. Vale lembrar que 2009 foi marcado por uma crise econômica internacional: nem isso afetou o desempenho.

Se o cálculo dos lucros das concessionárias licitadas entre 1998 a 2000 levar em conta todo o período (desde a época das concessões até o final do ano passado), os valores são astronômicos. Em 12 anos, as 12 concessionárias lucraram R$ 4,8 bilhões. Entre elas, a Ecovias que, desde 1998, garantiu lucro líquido de R$ 997 milhões.

Em nota, a Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo) afirma que “as concessionárias de rodovias paulistas vêm cumprindo os investimentos previstos que já somam 12,4 bilhões de reais”.

Mortes - O discurso dos tucanos de São Paulo é contrariado por números. A teoria de que os altos preços dos pedágios garantem melhorias nas estradas e deveriam reduzir o número de mortes, não se aplica na prática. Os índices são superiores ao padrão internacional de 2,5 mortos para cada cem milhões de quilômetros rodados.

Em algumas rodovias, como Anchieta e Imigrantres, o índice de mortos aumentou de 2,45 para 3,24, o que também acontece em outras estradas de São Paulo. Os dados são da Artesp, que afirma pretender atingir a meta internacional até 2020.


Pedágio caro aumenta preço dos alimentos
Além de os motoristas sentirem diretamente no bolso os altos preços dos pedágios, as mercadorias transportadas por caminhões nas rodovias de São Paulo já estão mais caras. As transportadoras repassam o valor dos pedágios para as empresas que recebem as mercadorias, o que atinge o preço final do produto. A afirmação é do presidente do Setecesp (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região), Manoel Sousa Lima.

“O pedágio de São Paulo é muito caro. Dos mais caros do mundo. É evidente que isso impacta negativamente no bolso do consumidor final. Para se ter uma ideia, São Paulo ganha uma nova praça de pedágio a cada 40 dias”, afirma Lima.

Ainda de acordo com Lima, sai mais caro pagar pedágio do que comprar um caminhão novo. “Uma transportadora financia um caminhão de R$ 290 mil em cinco anos, mas paga mais de pedágio. Um exemplo: se um caminhão fizer o percurso Ribeirão Preto para Santos 12 vezes em um mês, num período de três anos e meio já paga mais do que o caminhão só em pedágios”, completa Lima.


http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=23324
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Comentários:

Moyses Cheid Junior | 29/08/2010 | 06:59
A Ecovias cobra o mais caro pedagio do mundo, presta um servicinho safado sob as vistas grossas do Governo do Estado. Herança maldita do Sr. Mario Tejofran Covas, o maior covarde do Brasil.


Ivo Godoy | 30/08/2010 | 08:56
o PSDB no estado de SP esta aniquilando todo o povo paulista enquanto os Brasileiros vem tendo um capacidade de compra maior. nos aqui só aumente os gastos.c/ saude, educaçaõ, transporte, pedagios os mais absurdo do mundo eo picole de chuchu ta elei

Carlos Aguir | 30/08/2010 | 07:32
Se o poder público explorassse diretamente os pedágios e com isso assumisse a construção e manutenção das rodovias,os usuários não teriam de arcar com essa parcela dos lucros e dos tributos.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Trens São Paulo

Clóvis:
O Estado de São Paulo tinha a segunda melhor malha ferroviária do Mundo.
Lamentavelmente o mesmo incauto que "inventou" Brasília destruiu a manutenção e ampliação da malha ferroviária no País. Nome KK.
Em um país continental como nosso o transporte de carga tem que ser por Ferrovias e Hidrovias.

Acredito que isso possa ser recuperado.
Um gde abraço
Sucesso!
Edgard Brandão




SANTO ANDRÉ: 457 ANOS – Transportes: o início de tudo


Sistemas de transportes fizeram com que a região do ABC Paulista assumisse um perfil urbano e contribuíram para o crescimento econômico e populacional. Foto da Estação de Paranapiacaba, 1895...

Adamo Bazani

Pode-se afirmar sem a menor sobra de dúvida que o ABC Paulista não se tornaria um gigante populacional e econômico se não fossem os sistemas de transportes públicos.

Até a segunda metade do século XIX, a região tinha como principal configuração a existência de plantações e criações de animais, com pequenos núcleos de moradias tipicamente agrícolas.

No Estado de São Paulo, nesta época, quem reinava absoluto na economia era o cultivo de café.

No entanto, a grande dificuldade dos produtores, que também eram exportadores, era escoar a produção para o Porto de Santos, no Litoral de São Paulo.

Tal problema foi solucionado pela implantação da ferrovia entre Santos e Jundiaí. Essa linha, em seu trajeto, contemplava a Capital Paulista e a região do ABC.

A idéia desta interligação ferroviária nascia com Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, em 1859.

Após convencer o governo imperial, ele levou o projeto a um dos maiores especialistas em ferrovia do mundo, na época, o engenheiro ferroviário Britânico, Jaime Brunlees.

Jaime veio ao Brasil e constatou a viabilidade da proposta de Barão de Mauá. Era necessário, porém, encontrar uma pessoa disposta a desenvolver tecnicamente o traçado e a forma de operação desta ferrovia.

E tal pessoa foi o engenheiro Daniel Makinson Fox, que já tinha experiência em implementação de ferrovias em áreas de Serra. Vale lembrar que a partir de Paranapiacaba (vila criada com a ferrovia), a linha enfrentava um íngreme pedaço da serra do Mar.

O desafio foi aceito. A The São Paulo Railway Company Ltd (SPR) foi criada e as obras iniciaram a todo vapor.

No Alto da Serra, a Vila de Paranapiacaba servia de acampamento para os operários. A ferrovia foi feita praticamente com as mãos de milhares de trabalhadores, muitos inclusive que perderam a vida devido às instabilidades do terreno. As rochas eram abertas a com cunhas e pregos. Encostas desabaram e para evitar desastres maiores e viabilizar as construções, foram construídos em alguns trechos do traçado, paredões de até 20 metros de altura.

Depois de muita luta e de uma engenharia inovadora para os padrões da época, e surpreendente até os dias de hoje, a linha Santos – Jundiaí foi inaugurada para o tráfego, em 16 de fevereiro de 1867.


Estação de trens da Vila de Paranapiacaba em 1895. A implantação da ferrovia em 1867 trouxe desenvolvimento e contribui para a mudanã do perfil econômico da região do ABC Paulista
A alta demanda de transportes gerada pelo café fez com que em 1895 iniciasse a construção de uma nova linha, paralela a antiga.

E foi justamente nesta época, que a região, que antes não recebia a denominação de ABC, começa a mudar.

A ferrovia não serviu apenas para transportar café, mas atraía para seu redor, estrutura e desenvolvimento urbano.

O governo provincial criou colônias agrícolas na região servida pela estrada de ferro. Mas não só agricultores procuravam se aproximar da ferrovia. Um contingente de comerciantes, loteadores, artesãos e em seguida operários eram atraídos.

A região crescia. A então freguesia de São Bernardo é elevada já no governo Republicano, entre 1889 e 1890 a município. Na época, São Bernardo do Campo correspondia a quase toda área atual do ABC Paulista.

Pela comodidade da ferrovia, não só moradores foram atraídos para a região por onde ela passava, mas empreendimentos industriais, que aos poucos faziam com que o local deixasse de ser tipicamente rural.

As primeiras fábricas que se instalaram na área correspondente à Santo André, se instalaram em regiões próximas da SPR – São Paulo Railway. E isso aconteceu anos depois da inauguração da ferrovia.

Em 1890, perto do córrego Ypiranguinha, na área de Santo André é inaugurada a tecelagem Silva Seabra e Co. Logo em seguida, veio a Streiff, fabricante de móveis, na região da Rua Coronel Oliveira Lima.

As indústrias também cresciam na Capital Paulista. Os terrenos que ficavam nas proximidades destas fábricas se valorizavam muito. Muitas pessoas que vinham para São Paulo e municípios vizinhos em busca de empregos e oportunidades financeiras, muitas vezes não tinham condições de comprar lotes perto dos pólos geradores de renda.

Como opção, muita gente escolheu os municípios ao redor da Capital, como São Bernardo do Campo (que correspondia a quase toda a região do ABC).


Veículo automotriz de transporte coletivo, em 1923, que ligava a estação da SPR de São Bernardo (hoje estação de Santo André, da CPTM) a área correspondente a São Caetano do Sul. Na época, praticamente toda a região do ABC pertencia ao municípuo de São Bernardo do Campo.
Assim, a região foi crescendo em número de habitantes e população.

As áreas próximas às estações de trem, como a estação de São Bernardo (hoje estação Prefeito Celso Daniel, de Santo André), também recebiam uma estrutura bem diferente da época predominantemente agrícola.

Tais áreas também se valorizavam e somente empresas ou pessoas com mais renda conseguiam comprar os terrenos.

Assim, os núcleos populacionais tipicamente urbanos se afastavam em área da linha do trem.

A transformação da característica rural para a urbana na região se deu de maneira gradual. Mas ela se intensificou nos anos de 1930.

Antes disso, porém, os bairros surgiam. Cada vez mais distantes da Villa e da Estação de São Bernardo do Campo.

A necessidade de transportes internos se tornava um fato. As pessoas precisam se deslocar dos bairros para o centro da região, para as estações de trem e para a Capital Paulista.

A questão da necessidade de deslocamentos se tornou tão importante que, em 1895, a Câmara de São Bernardo do Campo, aprovou lei regulamentado um serviço de carros de praça. Dava-se início aos transportes públicos na região. Tais carros de praça eram como carruagens tracionadas por animais. A lei estipulava condições de segurança, itinerários, preços de passagens, horários e até mesmo determinava qual seria a postura e como deveriam ser os cuidados da aparência dos cocheiros.

Neste mesmo ano, 1895, o bairro da estação de São Bernardo do Campo, se tornava um pólo gerador de emprego e renda. Todos os caminhos, abertos em propriedades particulares, que depois de tornariam bairros, levavam à estação.

Estação esta que teve de ser ampliada e ruas e estradas saíam dela para bairros, loteamentos, grandes propriedades e Capital Paulista. Ruas de terra, de ainda difícil tráfego, mas bem mais modernas que os caminhos e picadas marcantes nas propriedades rurais da região.

No início do século XX, o poder público municipal já se dava conta que a região crescia. Os carros de praça não dariam mais conta da demanda de passageiros.

Os administradores viram a importância de propiciar a criação de transportes de massa (para época) e com tecnologia moderna, como a de autopropulsão ou a eletrificada.

O bonde, já implantado na Capital Paulista em 1872 puxado a burros e em 1900 eletrificado, foi o meio mais atraente na visão dos gestores públicos.

Depois de muita negociação com a empresa canadense Light & Power Co., que operava os serviços em São Paulo, em 1907 foi acertado o prolongamento de uma linha de bonde para São Bernardo do Campo. Foi até construída uma subestação de energia para alimentação do sistema na área correspondente à Rua Gertrudes de Lima, hoje centro de Santo André.

Só os rumores da instituição deste serviço trouxeram desenvolvimento para a região que seria atendia pelos bondes. A área da Gertrudes de Lima, que tinha pouco mais de 2 500 moradores, registrou espantoso crescimento populacional. Edificações mais modernas começaram a ser pensadas. E o poder público exigia destas novas construções condições de saneamento e higiene, como tubulação de água e para dispensa de esgoto.

Mas a Ligth deu para trás e não construiu a linha.

Em 1911, o poder público procurava investidores interessados em operar sistemas de transportes. O tráfego era uma preocupação e o deslocamento da massa trabalhadora, que cobrava providência das autoridades constituídas, ganhavam destaque nos debates da região.

Mas somente nos anos de 1920, é que a região pode contar com um serviço inicial regulamento de transportes de massa.

Foi o chamado bondinho dos Pujol. O investimento estava atrelado aos negócios imobiliários dos irmãos Hypolyto Gustavo Pujol e Ernesto Pujol, que em 1921 fundaram a Empreza Immobiliária de São Bernardo do Campo. Os Pujol foram responsáveis pela criação de vários bairros entre São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul.

Os transportes não eram o principal negócio dos irmãos, mas tornavam os loteamentos mais atraentes. Na venda dos terrenos, a presença de um serviço de transportes era usada como propaganda.

Depois de várias polêmicas com a Ligth, que depois que soube que a Empreza Immobliária iria explorar os serviços, começou a reivindicar supostos direitos adquiridos pelo acordo não cumprido de 1907, a primeira linha dos Pujol começa a funcionar em 3 de maio de 1923, ligando a Estação de São Bernardo do Campo (estação de Santo André) àárea de São Caetano do Sul. Em 1925, começa a operar a linha Villa de São Bernardo (atual região central de são Bernardo) à Estação.

Devido às dificuldades de desapropriações, de estrutura viária para os trilhos dos bondes movidos a álcool e benzina, e também pelo desinteresse da família em continuar os serviços, ao concluir boa parte das vendas de terrenos, nos anos de 1930, o serviço dos bondinhos dos Pujol deixa de existir.

Reativação da malha ferroviária



Reativação da malha ferroviária Campinas - São José dos Campos como suporte para a redistribuição da demanda de cargas e passageiros nos aeroportos de Campinas, Jundiaí, São Paulo e São José dos Campos

Responsável: José Raimundo, noturno


Resumo: A proposta consiste em revitalizar a malha ferroviária existente entre Campinas e São José dos Campos com vista a redistribuição do movimento de passageiros e cargas nos seis aeroportos existentes no referido trecho.

Revitalização Ferroviária

As Regiões Metropolitanas de São Paulo, da Baixada Santista e de Campinas, além das concentrações urbanas do Vale do Paraíba, de Sorocaba e de outras áreas de seu entorno formam uma rede metropolitana integrada de fato – o Complexo Metropolitano Expandido (CME), conceito utilizado pela Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa) para fins de planejamento integrado.

Esses conjuntos urbanos formam uma única bacia de residências e de empregos com funções intimamente interligadas e cujo desempenho econômico e social se faz em estreito intercâmbio uns com os outros, mantendo relações de trocas intensas e cotidianas. O CME detém cerca de 70% da população do estado e 15% da população do país, e participa com quase 80% do PIB estadual e 27% do PIB nacional.

O crescimento dessa região se deveu num primeiro momento à economia cafeeira e à expansão das ferrovias no século dezenove (São Paulo Railway, Cia. Paulista, Sorocabana, Estrada de Ferro do Norte), e num segundo momento pelo crescimento industrial acompanhado pela opção rodoviária, com o surgimento das rodovias Presidente Dutra, Anhanguera/Bandeirantes, Castelo Branco, Trabalhadores.

Um estudo recente da Emplasa indica que a mancha urbana da região cresce mais intensamente partindo da região metropolitana de São Paulo no sentido Campinas e São José dos Campos, formando algo parecido com um “v”. Só nesse eixo estão localizados seis aeroportos: Campinas (segundo em movimento de cargas do país), Jundiaí (destinado a receber parte da “aviação geral” que hoje opera em Congonhas), Campo de Marte (há projeto de uma segunda pista e proposta para receber parte da “aviação geral” e civil de Congonhas), Guarulhos (movimenta a maior quantidade de passageiros e de cargas do país), Congonhas (antes da tragédia da Tam detinha o título de mais movimentado do país) e São José dos Campos (utilizado pela Embraer e pelo Centro Técnico Aeroespacial além de estar habilitado pelo Comando da Aeronáutica para receber vôos cargueiros internacionais).

No eixo Campinas – São José dos Campos há boa integração rodoviária (Anhanguera/Bandeirantes e Dutra/Airton Senna passando pela capital e a D. Pedro, fechando o triângulo). O problema da interligação rodoviária é a vulnerabilidade quanto ao tempo de percurso.

A solução proposta para levar a contento uma redistribuição do movimento de cargas e passageiros por esses seis aeroportos é revitalizar a ligação ferroviária entre Campinas e São José dos Campos, resgatando a malha formada pela antiga Cia Paulista, São Paulo Railway e pela Estrada de Ferro do Norte.

O trecho em questão opera apenas com os trens suburbanos e de cargas. A proposta é revitalizar no curto prazo o fluxo de trens de passageiros e de cargas, sem levar em conta a possibilidade já aventada de se construir um trem-bala ou coisa do gênero. O único item novo demandado seria a introdução de composições especiais para recebimento adequado dos passageiros e suas bagagens. O transporte ferroviário permitiria ainda a integração direta com a rodoviária da Barra Funda, além da rodoviária do Tietê e do Jabaquara, via metrô.


Bibliografia.
Nobre, Eduardo A C. Impactos da Globalização Econômica no Complexo Metropolitano Expandido - http://www.usp.br/fau/docentes/depprojeto/e_nobre/impactos.pdf

V de Voraz, mancha urbana de SP cresce em V e se espicha para “engolir” Campinas e o Vale do Paraíba, indica estudo. In Revista da Folha: 28.09.2007. http://www.emplasa.sp.gov.br/portalemplasa/destaques_anteriores/arquivos/Materia_Mancha_Urbana.pdf

Mulheres e a Política do SER apoiam Dilma e Mercadante


Depois de muito buscar uma forma para mudar a realidade da estrutura atual da política brasileira cheguei a conclusão que só existe uma forma de real transformação e esta não vêm através dos políticos ou políticas, onde vale tudo pelo poder mas sim, da valorização da cidadania feminina . E como diz Victor Hugo, “Não a nada mais poderoso de que uma idéia cujo momento chegou”.

Essas mulheres que praticam cidadania nutrem suas ações de espiritualidade, compaixão e cooperação, pois essa atitude para elas não é mais uma forma de política . Política nunca alimentou as carências femininas mais profundas.
Elas muitas vezes relutam em comprometer-se mas uma vez comprometidas, parece que a Providência também se movimenta. Um turbilhão de acontecimentos é desencadeado pela decisão. Se você é uma delas que sonha com um mundo melhor, seja lá o que for que você possa sonhar que pode, comece, A ousadia contem em si genialidade, poder e magia. Comece agora.

Todo movimento começa com a idéia ou com um desejo.
Depois vêm a imagem do objetivo de mudar a situação atual da política brasileira e a intenção de inserir cidadania feminina e seus valores na pauta.
Existe para nós idealistas de um mundo melhor, mais voltado ao Brasil e menos a projetos de poder pessoais ou partidários, um empenho de coração, mente e vontade . Toque os estágios mais profundos da criatividade, imagine, visualize, intua, pense em quem poderia estar interessado em participar ou apoiar.

Acredito que a maioria dos políticos atuais perderam o centro e cabe a nós não por interesses de poder ou política lembrá-los da essência que é trabalhar por um Brasil melhor e não por um partido ser mais poderoso. Precisamos de representantes que nos tragam relações seguras, naquelas que podemos confiar que não Irão mentir para nós e que estaremos livres de explorações, onde o outro não se sentirá superior as nossas custas, não trairá nossa confiança ou invadirá seus limites.

E finalmente um recado para os políticos atuais:
Nunca duvide que um pequeno grupo de cidadãs conscientes e comprometidas pode mudar o mundo; de fato, é a única maneira disso acontecer – Margareth Mead.

O poder das balzaquianas



Texto Maria Christina Mendes Caldeira

O detalhe pode parecer tênue no jogo eleitoral, mas fornece pistas para o deslocamento das peças no tabuleiro do pleito. Se alguém, de maneira abrupta, pinçar do colete a informação de que as balzaquianas poderão decidir o destino da campanha presidencial deste ano, não será levado a sério ou, com certa boa vontade da audiência, passará por questionamentos. Pois bem, as mulheres, especialmente as de 35 anos ou um pouco mais, consagradas na literatura por Honoré de Balzac, por meio do clássico A Mulher de 30 anos, constituem hoje 30,3% do eleitorado brasileiro. Se agregarmos ao número outra ordem de grandeza – o fato de que as mulheres superam os homens no conjunto eleitoral em cerca de 5 milhões de votos (68 milhões a 63 milhões) -, reforçamos a credibilidade da hipótese, ainda sob o endosso de quadros técnicos do IBGE. Maduras, realistas e vividas, as balzaquianas – termo não mais pejorativo -, com senso crítico, firmeza e capacidade realizadora, serão o passaporte para o ingresso dos candidatos no coração e na mente do eleitor.

O detalhe mostra, no entorno, um conjunto de variáveis cujo alcance certamente será absorvido pelas estratégias das campanhas. A começar pelo rearranjo da pirâmide social. O conjunto eleitoral brasileiro atravessa um processo de envelhecimento e feminidade. As estatísticas mostram que as mulheres apresentam menores taxas de mortalidade, vivendo mais que os homens. Na esteira da constatação emerge a indicação de que as mulheres decidirão o destino dos candidatos.

Não se trata apenas de numerologia, mas de evidência histórica. Veja-se o caso de Lula. Ganhou duas eleições – 2002 e 2006 – no segundo turno. Mas a vitória poderia ter sido já no primeiro turno, tivesse obtido votação expressiva das mulheres. No primeiro, disputando com Serra, teve 10% a menos de votos das mulheres e, no segundo, enfrentando Alckmin, registrou quatro pontos a menos. Aliás, Luiz Inácio alcançou desempenho menor entre o eleitorado feminino em todos os cinco pleitos disputados. O PT sempre teve dificuldades, ao longo das campanhas, em conquistar as eleitoras, situação que se repete na performance de Serra e Dilma junto a esse eleitorado: 42% a 25%, segundo pesquisa Datafolha, e 34% a 27%, na pontuação do Vox Populi. É bem verdade que a distância se estreita nos bolsões atendidos por programas assistencialistas, particularmente no Nordeste, onde se verifica a maior aprovação ao governo Lula.

Existiria explicação para a preferência das mulheres por um candidato do sexo masculino? A causa mais plausível aponta para o caráter conservador do eleitorado. Por mais que se registrem extraordinários avanços da condição feminina, com a criação de instrumentos efetivos em sua defesa – Secretaria Especial de Políticas para a Mulher, Lei Maria da Penha, delegacias, varas e juizados especiais da mulher -, a mulher ainda é vítima de muita discriminação. O discurso por igualdade de direitos tem sido forte, mas a ação é tênue.

À índole conservadora da sociedade pode ser debitado também o fato de as mulheres terem 30% a mais de horas em educação e 27% a menos de salários em relação aos homens. O conservadorismo se espraia pela esfera política. Em 2008 o Brasil despontava em penúltimo lugar no ranking da participação feminina nos Parlamentos da América do Sul. Por aqui, tem sido difícil preencher a cota de 30% de vagas destinadas às mulheres. Mesmo assim, vale registrar que, em 2006, Heloísa Helena obteve 6,5 milhões de votos no pleito presidencial. E, este ano, pela primeira vez na história, duas candidatas de porte e visibilidade entrarão na grande corrida.

Ao lado do conservadorismo, responsável pela distância entre os gêneros no âmbito do trabalho, a mulher agrega atributos particulares, como acuidade no exame das situações, rigor nas escolhas e observação atenta de fatos. E, sobretudo, atenção para os detalhes. Não quer perder o voto. Por isso, tende a deixar a escolha para os momentos finais. O que ela enxergaria, por exemplo, em Serra ou em Dilma? Possivelmente estes traços: o ex-governador como um médico vestido de branco, botando remédio genérico na caixinha de socorro. O trabalho do ex-ministro da Saúde do presidente Fernando Henrique continua a ser bem lembrado pelas donas de casa, zeladoras da saúde da família. Da ex-ministra da Casa Civil a identidade ainda é um ente difuso, repartindo-se entre matéria energética, canteiros de obras espalhados pelo País, jeito durão e “Dilma do Chefe” (com a fonética nordestina se confundindo com Rousseff). Ou seja, o economista paulista, de expressão técnica, José Serra se humaniza e vira o chefão do clã, e a também economista mineira/gaúcha tem sua humanidade encostada no ombro do paizão do País, Luiz Inácio.

Nem por isso se pode afirmar que o sufrágio feminino convergirá totalmente na direção do perfil masculino. A possibilidade estará condicionada à geografia eleitoral. No Sudeste, por exemplo, pesquisas dão conta de eleitoras mais simpáticas à Serra. Já na região nordestina, a gratidão deverá encher as urnas de Dilma com votos de mulheres.

Convém relembrar que nenhuma eleição é igual às outras. Personagens (incluindo chefes políticos), estruturas partidárias, discursos e circunstâncias terão sua relativa influência nos conjuntos eleitorais. Ademais, o pleito contará com um diferencial de peso: é a primeira eleição em 20 anos sem Lula como candidato. O fim do ciclo lulista propiciará um olhar atento sobre os atores. Por parte do eleitorado feminino esse olhar será ainda mais seletivo. Donde se extrai a inferência final: as mulheres, principalmente as balzaquianas, darão as boas vindas a Serra ou a Dilma para uma estadia de quatro ou oito anos no Planalto ou um bom tempo de férias na planície.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Carta: instituto paulista manipula voto para Serra


Saiu na CartaCapital:

No Rio Grande do Sul, manipulação de pesquisa


Lucas Azevedo


O Ministério Público Eleitoral (MPE) do Rio Grande do Sul investiga a suposta manipulação de uma pesquisa sobre intenção de voto para a Presidência da República, em Porto Alegre. Caso seja confirmada a indução, ficará configurado crime eleitoral.
Uma servidora pública da Capital gaúcha denunciou a prática no final da semana passada. Segundo ela, entrevistadores, que se identificam apenas como “uma empresa de pesquisas de São Paulo”, abordam eleitores no centro da cidade questionando sua intenção de voto. Dependendo da resposta, o entrevistado é convidado a assistir vídeos dos candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), para, a seguir, iniciar a pesquisa. Ao término, o consultado recebe uma caixa de bombom como “brinde”.
O MPE destacou um funcionário para investigar a denúncia. Segundo seu levantamento, o entrevistado é posto para assistir sete peças publicitárias que expressariam uma imagem negativa de Dilma. Após a sessão, o entrevistador pede que o consultado reflita sobre o que viu antes de responder à pesquisa.
Na sexta-feira 20, a Polícia Federal (PF) e o MPE cumpriram mandados de busca e apreensão na sala comercial onde os vídeos são exibidos. Dois computadores, documentos e três caixas de bombom foram apreendidos.
De acordo com uma fonte da investigação que teve acesso às provas, mas pediu para não ser identificada, a ação tem o objetivo claro de “turbinar uma pesquisa” pró-Serra.
Segundo o Promotor Eleitoral Ricardo Herbstrith, durante esta semana as provas serão analisadas para verificar se há, de fato, a manipulação para os resultados. Mas adianta: “Os vídeos exibidos efetivamente induzem o eleitor”.
Hoje o MPE recebeu autorização da Justiça Eleitoral para requerer a instauração de um inquérito à PF. A empresa de São Paulo que contratou pessoal em Porto Alegre já foi identificada. Agora, caberá aos agentes federais apurar quem procurou o escritório paulista e de que forma o levantamento foi requerido.


http://www.conversaafiada.com.br/politica/2010/08/25/carta-instituto-paulista-manipula-voto-para-serra/

Mulher do Serra Declara:



Para mulher de Serra, “Bolsa Família” é o “Bolsa Vagabundagem”


http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/08/23/para-mulher-de-serra-%E2%80%9Cbolsa-familia%E2%80%9D-e-o-%E2%80%9Cbolsa-vagabundagem%E2%80%9D/

É uma questão de hábito.


É uma questão de hábito.

Ele já tomou o programa das AIDS do Jatene.

E os genéricos do Jamil Haddad.

É o tal negócio: quem não tem idéias próprias …

Como perguntou o filosofo Paulo Arantes numa sabatina da Folha (*) ; o que pensa esse rapaz (Serra) ?

Nada.

Em tempo: o ministro serrista Nelson Jobim disse que o Serra foi o melhor Ministro da Saúde da História. Precisa combinar com o Jatene e o Haddad.

Em tempo2: o Serra já mandou o diploma de economista à Dra. Cureau, do TSE ?



Paulo Henrique Amorim



(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Burburinho: Serra quer tomar outra do Adib Jatene

O Conversa Afiada reproduz e-mail de Stanley Burburinho, implacável reparador de iniquidades (quem será Stanley Burburinho ?):

Posso estar enganado, mas acho que o Serra está querendo dar mais uma volta no Dr. Adib Jatene. Vejam abaixo:

1 – José Serra acusou ontem o governo federal de querer acabar com projetos que, segundo ele, tinham a sua marca. Como exemplo, ele citou o fim do cartão SUS, programa iniciado quando foi ministro da Saúde na gestão de Fernando Henrique Cardoso:

“publicado em 09/07/2010 às 19h30:

Serra acusa PT de querer tirar sua marca do governo

Tucano citou como exemplo o cartão SUS, programa que ele iniciou quando foi ministro

Thiago Faria, enviado do R7 a Vila Velha (ES)

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, acusou nesta sexta-feira (9) a gestão do PT no governo federal de querer acabar com projetos que, segundo ele, tinham a sua marca. Como exemplo, ele citou o fim do cartão SUS, programa iniciado quando foi ministro da Saúde na gestão de Fernando Henrique Cardoso.

O tucano responsabilizou a petista Dilma Rousseff, sua adversária na corrida pela Presidência, pelo fim do programa. Segundo ele, a ex-ministra da Casa Civil “nem sabia o que era o programa”. Serra também atacou o PT, dizendo que o partido age na base do “quanto pior, melhor” contra a oposição.

- O PT no governo abandonou isso [cartão SUS], e hoje ela [Dilma] põe a culpa no Temporão [José Gomes Temporão, ministro da Saúde]. Ora, mas a Dilma era a administradora do governo, não é assim que ela se apresenta? A responsabilidade era dela.

(…)
http://noticias.r7.com/brasil/noticias/serra-acusa-pt-de-querer-tirar-sua-marca-do-governo-20100709.html

2 – Mas, segundo a portaria do Ministério da Saúde, Nº 2.203 de 5 de novembro de 1996, o ministro na época da aprovação da redefinição do modelo de gestão do SUS era o Adib Jatene que assinou a portaria e não o Serra:

Ministério da Saúde – Gabinete do Ministro
PORTARIA Nº 2.203, DE 5 DE NOVEMBRO DE 1996.

O Ministro de Estado da Saúde, no uso de suas atribuições, e considerando que está expirado o prazo para apresentação de contribuições ao aperfeiçoamento da Norma Operacional Básica – NOB 1/96 do Sistema Único de Saúde (SUS), o qual foi definido pela Portaria nº 1.742, de 30 de agosto de 1996, e prorrogado por recomendação da Plenária da 10ª Conferência Nacional de Saúde, resolve:

Art. 1º Aprovar, nos termos do texto anexo a esta Portaria, a NOB 1/96, a qual redefine o modelo de gestão do Sistema Único de Saúde, constituindo, por conseguinte, instrumento imprescindível à viabilização da atenção integral à saúde da população e ao disciplinamento das relações entre as três esferas de gestão do Sistema.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

ADIB D. JATENE

ANEXO
(…)
9. BASES PARA UM NOVO MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE
(…)
A composição harmônica, integrada e modernizada do SUS visa, fundamentalmente, atingir a dois propósitos essenciais à concretização dos ideais constitucionais e, portanto, do direito à saúde, que são:
(…)
Cada sistema municipal deve materializar, de forma efetiva, a vinculação aqui explicitada. Um dos meios, certamente, é a instituição do cartão SUS-MUNICIPAL, com numeração nacional, de modo a identificar o cidadão com o seu sistema e agregá-lo ao sistema nacional. Essa numeração possibilita uma melhor referência intermunicipal e garante o atendimento de urgência por qualquer serviço de saúde, estatal ou privado, em todo o País. A regulamentação desse mecanismo de vinculação será objeto de discussão e aprovação pelas instâncias colegiadas competentes, com conseqüente formalização por ato do MS.
(…)
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1996/prt2203_05_11_1996.html

A partir de dica do John Doe

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

AUSÊNCIA DO ESTADO SUCATEIA O SAMU

22/08/2010 - SAÚDE - Por: Carol Scorce (carol@abcdmaior.com.br)


Sem suporte dos governos Alkcmin e Serra, municípios têm de complementar verba para serviço funcionar
Um dos principais programas de saúde para o atendimento a urgências, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) passa atualmente por um processo de desgaste na Região. O financiamento total do serviço, de acordo com a resolução da União, deve ser tripartite: 50% do governo federal, 25% do governo estadual e 25% do município. No entanto, o estado de São Paulo, nas gestões Geraldo Alkcmin e José Serra, é o único do País que não faz o repasse para as cidades, transferindo a responsabilidade às prefeituras.

No ABCD, quatro cidades possuem centrais do Samu: Santo André, São Bernardo, Mauá e Diadema. Em Mauá, as duas unidades de atendimento intensivo e mais cinco ambulâncias de atendimento básico, além da central de regulação, atendem também Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, num gasto mensal de R$ 480 mil. Desses, R$ 137 mil vêm do governo federal, e os R$ 343 mil restantes, que representam mais da metade dos recursos, são desembolsados pelo próprio município. São atendidos mensalmente nas três cidades cerca de 1.400 pessoas. Procurada, a Prefeitura de Mauá não comentou o fato de ter de desembolsar verba da cidade com Rio Grande e Ribeirão Pires.

Em Diadema, a realidade é a mesma. O custo para manter o serviço funcionando é de R$ 350 mil, e o município pode contar apenas com o repasse federal de R$ 95 mil. A média mensal de atendidos beira os 3 mil. Desde 2003, quando o programa foi criado, além da ausência do governo estadual, houve aumento de custo para a manutenção dos equipamentos e, ao mesmo tempo, não houve reajuste dos valores pré-estipulados pela União, deixando ainda mais critica a situação dos municípios.

“Cada dia que passa fica mais claro que o Samu é um serviço essencial. Na Região Metropolitana, as causas violentas, como homicídio, acidente de trânsito, estão entre os principais motivos de mortes. Chegando em tempo, o Samu salva essas vidas. E, de fato, a situação financeira dos municípios é alarmante. Gradativamente a qualidade do serviço do Samu fica comprometida: as ambulâncias começam a quebrar porque não são mais tão novas, os salários dos funcionários ficam defasados”, afirmou a secretária de Saúde de Diadema, Aparecida Pimenta, acrescentando que a verba que deixa de vir do Estado poderia ser empregada em campanhas de prevenção.

De acordo com o coordenador de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde, Clésio Mello de Castro, o governo do Estado de São Paulo sequer sentou com municípios e ministério para discutir o convênio, e nunca justificou a ausência.

“Quando São Paulo se retira do programa não deixa somente de dar suporte financeiro aos municípios, que é também sua responsabilidade, mas também deixa de organizar o sistema de atendimento a urgências. Os municípios se organizam sozinhos, fazem parcerias nem sempre muito vantajosas com os vizinhos para não ficar sem o programa. Tudo isso dificulta muito. A reclamação dos prefeitos do ABCD de que o serviço aí está perdendo a qualidade é antiga, e não é só aí, é em todo o Estado. A situação só pode ser contornada se o governo estadual assumir o papel que é dele”, disse Castro.

Também por essa falta de organização, São Bernardo, município do ABCD que mais recebe chamados, com atendimento mensal de quatro mil pessoas, aderiu ao serviço apenas em 2008. Hoje a Prefeitura tem de desembolsar mensalmente R$ 226 mil para que ambulâncias e central continuem operando. A cidade conta com 10 ambulâncias de suporte básico, duas unidades de suporte avançado, duas ambulâncias de reserva técnica e duas motolâncias.

Como funciona - Ao Ministério da Saúde, cabe incentivar a adesão dos estados e municípios e tornar possível a aplicação desta política, fornecendo instrumentos para que ela seja efetivada. Também cabe ao ministério avaliar os projetos e habilitar os municípios, além de comprar as ambulâncias e demais equipamentos, repassando valor mensal equivalente a 50% do valor total de custeio para o funcionamento do serviço SAMU/192. Os estados e/ou municípios ficam encarregados, entre outros, pela contratação e capacitação dos recursos humanos e responsáveis pela definição de planos de cargos e salários, além do custeio dos 50% restantes.

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http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=23150

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

"Os maiores engodos do PSDB em conluio com a prefeitura local"

"... Estes projetos do VLT, da Ponte Santos-Guarujá e, ainda incluindo o túnel que ligaria a Zona Noroeste a Zona Leste de Santos, como mais uma alternativa ao trânsito da região, são os maiores engodos do PSDB em conluio com a prefeitura local tanto quando Beto Mansur quanto agora com o Papa. É só para enganar o povo. O tal VLT chegou a ter maquete, montagem gráfica e outros bichos mostrado em TV fazendo parte da campanha do Papa para prefeitura. Eu só espero que o povo, que está acordando mais, não caia nesta mentira e mostre nas urnas quem merece a oportunidade de realmente mudar.

A medida que as pesquisas apontarem a vitória de Dilma (mais ainda do que acreditamos) um argumento de bom tom ao eleitorado é a sincronia que teremos entre o governo do Estado e o Federal. Não podemos perder com a pilantragem do PSDB. Ainda mais como funcionário público estadual, não posso acreditar na possibilidade de mais 4 anos com PSDB no poder estadual. MERCADANTE NELES! "...

http://redeptsp.com.br/members/isael/

"O PSDB faz coisas boas para poucos''

9/08/2010 - 12h08
"O PSDB faz coisas boas para poucos'', diz Mercadante em sabatina

Do UOL Eleições Em São Paulo

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, voltou a ligar a sua trajetória política à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e criticou a atuação do PSDB no Estado. “O PSDB faz coisas boas para poucos”, disse o petista na sabatina do jornal Estado de S.Paulo, nesta quinta-feira (19), em São Paulo.

Mercadante criticou a falta de investimento na área “mesmo com orçamento de 30 bilhões de reais” e propôs a distribuição de um laptop para cada professor. “Eles privatizaram a qualidade do ensino em São Paulo. (...) Não dá para continuar com essa política da aprovação automática. Tem que ter avaliação, tem que ter boletim”, disse.

Com relação aos altos preços do pedágio, o petista afirmou que, se eleito, vai rever os contratos. Ele citou a cláusula de equilíbrio nos contratos de concessão das rodovias em São Paulo como instrumento para negociar a queda dos preços.

“Nós temos espaço para renegociar. A curto prazo vamos prorrograr e reduzir tarifas. A médio prazo vamos fazer a cobrança pelo quilômetro rodado. Se todos pagarem pelo que efetivamente rodaram, isso reduz a tarifa”, disse.

Mercadante também disse que pretende criar um BNDESP, nos moldes do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para estimular a produtividade no Estato, que segundo ele vem caindo, além de regionalizar o orçamento para valorizar o interior e investir na preparação e em inteligência policial na área de segurança pública.

Sobre as pesquisas, onde aparece em segundo atrás do candidato tucano Geraldo Alckmin, Mercadante disse acreditar em "um segundo turno". “Para mim o que vale é o clima da rua. E está muito bom, estou sentindo o apoio”.

Imagem colada à de Lula

Questionado sobre a estratégia de ligar sua imagem à do presidente Lula durante a campanha para o governo do Estado, o senador disse ser grato ao presidente e que como líder do governo no Senado foi responsável “por muitas conquistas do atual governo”.

“Qual é a grande novidade desse governo? Nós criamos um mercado interno de massa”, disse Mercadante.

Ele também comparou a participação de Lula em sua campanha com a pouca exibibição de FHC por Serra. ”Por que o Serra não mostra o Fernando Henrique no programa dele? (...) A qualidade do governo Lula é que sustenta a candidatura da Dilma. O que eu posso apresentar em São Paulo é o bom governo que fizemos no Brasil, que vai ser feito aqui”, disse.


http://eleicoes.uol.com.br/2010/sao-paulo/ultimas-noticias/2010/08/19/o-psdb-faz-coisas-boas-para-poucos-diz-mercadante-em-sabatina.jhtm

Mercadante rebate Alckmin sobre pedágio

19/08/2010 - 19h32
Mercadante rebate Alckmin sobre pedágio e diz que governo tucano em SP "é lento"
Diego Salmen - Do UOL Eleições Em São Paulo

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, rebateu nesta quinta-feira (19) as críticas de seu adversário, o tucano Geraldo Alckmin, sobre a proposta do petista de implementar no Estado um sistema de pedágios cobrados por quilômetro rodado.

"Por que o Chile tem esse modelo e nós não seríamos capazes de fazer?", disse o petista ao UOL Eleições. "Nos Estados Unidos, no Japão e na Europa também é assim. É possivel, sim, especialmente a partir de 2014, quando todos os carros vão sair da fábrica com chip", defendeu.

Na manhã desta quinta, o ex-governador de São Paulo atacou a ideia. "Cobrar pedágio por quilômetro é totalmente inviável. Não tem o menor sentido. A não ser que você instale 200 praças", disse, durante sabatina promovida pelo jornal O Globo.

"Ele (Alckmin) disse que ia negociar a revisão da tarifa em alguns casos. Ora, se é possivel negociar uns, é possivel negociar outros", disse Mercadante. "Eu disse até que nós negociaremos a prorrogação dos contratos de pedágio como contrapartida para reduzir as tarifas. Em 2006 eles prorrogaram sem reduzir", criticou.

Metrô

O senador também comentou a inauguração da estação de metrô Vila Prudente, prevista para este sábado (21). "É muito positivo que tenha inaugurações. Mas entre 2003 e 2006 [período do mantado de Alckmin no Palácio dos Bandeirantes], foram inauguradas duas estações e dois quilômetros de metrô - o pior desempenho da história em São Paulo", afirmou. "Eles são lentos. Não é que não fazem; fazem, mas são muito lentos", disse.


http://eleicoes.uol.com.br/2010/sao-paulo/ultimas-noticias/2010/08/19/mercadante-rebate-alckmin-sobre-pedagio-e-diz-que-governo-tucano-em-sp-e-lento.jhtm

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Por que votar em Mercadante?



por Vinícius dos Santos - Doutorando em Filosofia (UFSCar - Universidade de São Carlos - SP)

Saber a ficha corrida de um candidato é um aspecto essencial na hora de escolhermos em quem depositar nosso voto. Mas, o que está em jogo, na hora das eleições, não é apenas uma disputa entre qualidades individuais mais aparentes (isto é, não se trata de escolhermos o melhor orador, o mais simpático, etc.). Especialmente, quando se trata de cargos executivos. Mas, é fato que temos, no Brasil, a tendência a particularizar nosso voto, e, em geral, damos pouca importância ao que está “por trás” do candidato – desde suas propostas mais concretas, ao staff que o acompanhará no governo, passando por algo que entendo ser fundamental na escolha de nossos governantes, pois é, afinal, o que orientará seu governo: sua visão global sobre a sociedade e sobre o futuro. Por isso, esse texto não tratará da pessoa de Mercadante, que tem defeitos e virtudes como todos – mas, sobretudo, tem aquilo que deveria ser uma obrigação de todo postulante a um cargo público: é ético. Nem fará um balanço de sua atuação como senador, e seu papel (muito importante, diga-se de passagem) no sucesso do governo Lula. O que pretendo, é falar um pouco sobre o projeto político que, neste momento, o estado de São Paulo necessita urgentemente – e que, dentre os candidatos ao Palácio dos Bandeirantes, apenas Mercadante poderá, de fato, executar.


Sempre acreditei que, no caso brasileiro, há duas vertentes que devem orientar todo e qualquer projeto político progressista para o país: diminuir ao extremo a desigualdade social e melhorar a educação (no sentido amplo do termo) em todos os níveis. Em São Paulo, esses dois eixos foram bastante negligenciados ao longo dos 16 anos de governo do PSDB neste estado.


São Paulo é o estado mais rico do país. No entanto, nossos níveis de desigualdade não são menores que a média brasileira. E mesmo considerando que essa média tenha efetivamente diminuído nos últimos anos, a melhora nacional nesse quesito, nada, ou quase nada, teve a ver com as políticas públicas tucanas. Pelo contrário. Em São Paulo, não há uma política consistente de diminuição da pobreza e do fosso que separa ricos e pobres. A solução do PSDB (e de seu fiel escudeiro, o DEM) passa bem longe de tentar erradicar o problema. Lembremos, por exemplo, que quando prefeito da capital, Serra autorizou seu secretário de governo a instalar tapumes e fechar viadutos de SP, com o intuito de impedir que mendigos dormissem debaixo das pontes. Uma espécie de higienização digna das velhas políticas fascistas. Esconder a pobreza resolve alguma coisa? Depende: para a elite (e para uma boa parcela da classe média) resolve. Afinal, o problema saindo de seu campo visual, deixa automaticamente de existir.


Contudo, o maior crime do governo tucano em São Paulo, foi o descaso com a educação. Aprovação automática, baixos salários para professores, baixo investimento em infra-estrutura e, 16 anos depois, São Paulo tem alguns dos piores índices de educação do país. É uma espécie de assassinato branco cometido com algumas gerações de jovens que, mal sabendo ler e escrever, saem da escola sem formação para o mercado de trabalho, para exercer sua cidadania, e para a vida. Se você não acredita, se acha que tudo isso é papo de petista, que Serra e Alckmim são grandes governantes, sérios, e que, como dito aqui tem trabalho bem feito e SP é um estado cada vez melhor, basta perguntar na propaganda oficial, para qualquer um, mas qualquer um mesmo, que já tenha tido a oportunidade de ministrar aulas em escolas públicas estaduais. Pense que, por trás de sua resposta, dos inúmeros alunos que seu interlocutor viu passando de ano sem saber absolutamente nada, não estão apenas estatísticas. Trata-se de milhares de jovens que, em um estado tão rico como o nosso, terão ou (tiveram) suas vidas comprometidas para sempre pelo absoluto abandono da educação paulista.


Novamente, porém, teremos a chance de começar a melhorar esse quadro. Destaco o começar, porque, como todos sabem, construir algo é um processo muito mais lento e gradual do que destruir. O projeto político de Mercadante é o único que caminha, de fato, na direção oposta ao que vimos em SP nos últimos 16 anos. É o único que realmente visa valorizar a educação (pondo fim à famigerada reprovação automática, valorizando o professor, equipando as escolas, promovendo e fortalecendo a cultura, dentre outras medidas), diminuir a pobreza e a desigualdade no estado, e fazer com que São Paulo possa aproveitar todo o potencial econômico e humano que tem. É o único projeto que prioriza o social, que não vê o estado como uma grande empresa feita para lucrar. Por isso, não se trata apenas de escolher entre Alckmim e Mercadante (ou qualquer outro candidato). Trata-se, na verdade, de escolher entre duas visões diferentes de estado; entre duas visões sobre o que é prioritário em um governo: se é o famigerado choque de gestão tucano, ou se é a preocupação em dar condições de vida melhor para a população.


A maior prova de que, para além de características individuais, a política é feita de projetos coletivos, vem justamente do plano nacional, comparando-se a atuação dos últimos governos na educação superior (aquela que compete diretamente ao executivo federal). Nos oito anos de governo do renomadíssimo sociólogo Fernando Henrique Cardoso (e direi isso com pesar, pois também sou formado em Ciências Sociais, e acho que FHC foi um dos expoentes dessa área), foram construídas 0 universidades; 0 extensões universitárias; 0 escolas técnicas. Sim, zero! No governo do operário Lula, aquele que não é poliglota, que nunca deu aula na Sorbonne ou escreveu livros analisando política e economia, foram criadas 10 novas federais (em SP, a UFABC); 45 extensões universitárias (em SP, a UFSCar – campus Sorocaba, a Unifesp – campus litoral); e 214 escolas técnicas. Isso não diz respeito apenas a méritos ou deméritos pessoais de Lula ou FHC, ou à evidente sensibilidade do primeiro para as causas sociais. Isso diz respeito, também, aos programas políticos de cada partido, à forma como cada um deles enxerga o futuro e o potencial do país.


Por isso, e diante de uma possível vitória de Alckmim já no primeiro turno, o que significa a possibilidade real de vivenciarmos mais quatro anos de completo descaso com a educação e com a parcela mais necessitada da população, é que entendo ser indispensável darmos nosso voto de confiança não apenas a Mercadante, mas ao seu projeto de governo para o estado de São Paulo, o único em consonância com o que o Brasil precisa para continuar mudando.

sábado, 7 de agosto de 2010

Por que apoiamos Dilma


Mino Carta 27 de julho de 2010 às 10:04h

Resposta simples: porque escolhemos a candidatura melhor

Guerrilheira, há quem diga, para definir Dilma Rousseff. Negativamente, está claro. A verdade factual é outra, talvez a jovem Dilma tenha pensado em pegar em armas, mas nunca chegou a tanto. A questão também é outra: CartaCapital respeita, louva e admira quem se opôs à ditadura e, portanto, enfrentou riscos vertiginosos, desde a censura e a prisão sem mandado, quando não o sequestro por janízaros à paisana, até a tortura e a morte.

O cidadão e a cidadã que se precipitam naquela definição da candidata de Lula ou não perdem a oportunidade de exibir sua ignorância da história do País, ou têm saudades da ditadura. Quem sabe estivessem na Marcha da Família, com Deus e pela Liberdade há 46 anos, ou apreciem organizar manifestação similar nos dias de hoje.

De todo modo, não é apenas por causa deste destemido passado de Dilma Rousseff que CartaCapital declara aqui e agora apoio à sua candidatura. Vale acentuar que neste mesmo espaço previmos a escolha do presidente da República ainda antes da sua reeleição, quando José Dirceu saiu da chefia da Casa Civil e a então ministra de Minas e Energia o substituiu.

E aqui, em ocasiões diversas, esclareceuse o porquê da previsão: a competência, a seriedade, a personalidade e a lealdade a Lula daquela que viria a ser candidata. Essas inegáveis qualidades foram ainda mais evidentes na Casa Civil, onde os alcances do titular naturalmente se expandem.

E pesam sobre a decisão de CartaCapital. Em Dilma Rousseff enxergamos sem a necessidade de binóculo a continuidade de um governo vitorioso e do governante mais popular da história do Brasil. Com largos méritos, que em parte transcendem a nítida e decisiva identificação entre o presidente e seu povo. Ninguém como Lula soube valerse das potencialidades gigantescas do País e vulgarizá-las com a retórica mais adequada, sem esquecer um suave toque de senso de humor sempre que as circunstâncias o permitissem.

Sem ter ofendido e perseguido os privilegiados, a despeito dos vaticínios de alguns entre eles, e da mídia praticamente em peso, quanto às consequências de um governo que profetizaram milenarista, Lula deixa a Presidência com o País a atingir índices de crescimento quase chineses e a diminuição do abismo que separa minoria de maioria. Dono de uma política exterior de todo independente e de um prestígio internacional sem precedentes. Neste final de mandato, vinga o talento de um estrategista político finíssimo. E a eleição caminha para o plebiscito que a oposição se achava em condições de evitar.

Escolha certa, precisa, calculada, a de Lula ao ungir Dilma e ao propor o confronto com o governo tucano que o precedeu e do qual José Serra se torna, queira ou não, o herdeiro. Carregar o PSDB é arrastar uma bola de ferro amarrada ao tornozelo, coisa de presidiário. Aí estão os tucanos, novos intérpretes do pensamento udenista. Seria ofender a inteligência e as evidências sustentar que o ex-governador paulista partilha daquelas ideias. Não se livra, porém, da condição de tucano e como tal teria de atuar. Enredado na trama espessa da herança, e da imposição do plebiscito, vive um momento de confusão, instável entre formas díspares e até conflitantes ao conduzir a campanha, de sorte a cometer erros grosseiros e a comprometer sua fama de “preparado”, como insiste em afirmar seu candidato a vice, Índio da Costa. E não é que sonhavam com Aécio…

Reconhecemos em Dilma Rousseff a candidatura mais qualificada e entendemos como injunção deste momento, em que oficialmente o confronto se abre, a clara definição da nossa preferência. Nada inventamos: é da praxe da mídia mais desenvolvida do mundo tomar partido na ocasião certa, sem implicar postura ideológica ou partidária. Nunca deixamos, dentro da nossa visão, de apontar as falhas do governo Lula. Na política ambiental. Na política econômica, no que diz respeito, entre outros aspectos, aos juros manobrados pelo Banco Central. Na política social, que poderia ter sido bem mais ousada.

E fomos muito críticos quando se fez passivamente a vontade do ministro Nelson Jobim e do então presidente do STF Gilmar Mendes, ao exonerar o diretor da Abin, Paulo Lacerda, demitido por ter ousado apoiar a Operação Satiagraha, ao que tudo indica já enterrada, a esta altura, a favor do banqueiro Daniel Dantas. E quando o mesmo Jobim se arvorou a portavoz dos derradeiros saudosistas da ditadura e ganhou o beneplácito para confirmar a validade de uma Lei da Anistia que desrespeita os Direitos Humanos. E quando o então ministro da Justiça Tarso Genro aceitou a peroração de um grupelho de fanáticos do Apocalipse carentes de conhecimento histórico e deu início a um affair internacional desnecessário e amalucado, como o caso Battisti. Hoje apoiamos a candidatura de Dilma Rousseff com a mesma disposição com que o fizemos em 2002 e em 2006 a favor de Lula. Apesar das críticas ao governo que não hesitamos em formular desde então, não nos arrependemos por essas escolhas. Temos certeza de que não nos arrependeremos agora.

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Mino Carta

Mino Carta é diretor de redação de CartaCapital. Fundou as revistas Quatro Rodas, Veja e CartaCapital. Foi diretor de Redação das revistas Senhor e IstoÉ. Criou a Edição de Esportes do jornal O Estado de S. Paulo, criou e dirigiu o Jornal da Tarde. redação@cartacapital.com.br
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http://www.cartacapital.com.br/politica/por-que-apoiamos-dilma

CONVITE DA INDIA TIKUNA DO AMAZONAS










POSSE DA NOVA PRESIDENTE NACIONAL DA LIBRA BRASILEIRA

WE’E’E’NA MIGUEL
MULHER, ARTISTA PLÁSTICA, CANTORA E PRODUTORA
Nesta segunda feira do dia 09 de agosto é comemorado o nosso DIA INTERNACIONAL DAS POPULAÇÕES INDÍGENAS.
A celebração anual deste Dia Internacional reconhece as realizações das populações indígenas do mundo, que ascendem a mais de 370 milhões de pessoas e estão espalhadas por cerca de 70 países. Mas é também um dia em que devemos reconhecer os difíceis desafios que nossas populações enfrentaram e ainda enfrentam. Ainda há muito a fazer para acabar com a pobreza que ainda afeta muitas populações indígenas, protegê-las contra as violações dos direitos humanos e acabar com a discriminação que obriga muitas moças indígenas a deixarem de freqüentar a escola e ficarem somente dentro das nossas aldeias.
Sabemos que somente conseguimos mudar nossa realidade através do voto e das aprovações de leis no congresso. Não sou candidata á um cargo político de vereadora, de deputada, senadora ou algo assim, mas fui eleita a ocupar o cargo de Presidente Nacional Indígena da LIBRA-Liga das Mulheres Eleitoras do Brasil e venho te convidar para minha posse (ANEXO CONVITE). Um pouco da historia e do que é a LIBRA:
A LIBRA nunca assume posição a favor ou contra qualquer partido político; mas já existe no Brasil á mais de 60 anos e nasceu na Alemanha no início do século XX, se estendendo para a Europa e os Estados Unidos, quando após a guerra, as mulheres se uniram para o direito do voto, com manifestações femininas por melhores condições de trabalho e direito de votar. A data foi adotada pelas Nações Unidas, em 1975 como O Dia Internacional da Mulher, marcada para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres e as discriminações e violências que muitas mulheres ainda estão sujeitas em todo o mundo, principalmente á mulher indígena e as de classes menos favorecias. Nós indígenas sabemos que os problemas políticos, afetam não somente nossas comunidades, como também nossos filhos e todos os envolvidos na sociedade, e que projetos aprovados mudam esta triste realidade.
A LIBRA é uma associação que apóia qualquer projeto que promova a responsabilidade do político a favor das mulheres indígenas, independente de partido. Agradeço por sua atenção e informo que você recebeu este meu e-mail convite por estar dentre um dos 8.496 e-mails do meu cadastro de pessoas formadoras de opinião, indígenas, lideranças, caciques e ONGs Indígenas Nacionais e Internacionais, facilitando assim minhas ações como nova Presidente Indígena da LIBRA em nível nacional, estadual e municipal.
Ajude-me a chegar á 10.000 me enviando seus contatos de e-mail. Obrigado!
Faremos uma grande festa da minha posse oficial com coquetel grátis, no Dia 28 de agosto das 15 ás 19 horas, no CASTELO DE ROBSON MIGUEL, minha residência e onde também construí o meu Escritório e Sede Presidencial, e gostaria de contar com sua presença. O Endereço é: Rua do Castelo, Nº 310 – Bairro da 4ª Divisão – Cidade Turística de Ribeirão Pires – Estado de São Paulo. Por favor, me confirme a sua presença pelo e-mail abaixo, para que possamos reservar sua cadeira de convidado de honra.
Te espero! - Saudações!

Índia Tikuna We’e’ena Miguel
E-mail: robson@robsonmiguel.com.br
Site: www.robsonmiguel.com.br

Governo do PSDB quer acabar com a TV CULTURA - SP



O desmonte final da TV Cultura

Enviado por luisnassif, qua, 04/08/2010 - 09:36

Infelizmente a marca que fica de sucessivas gestões paulistas é a da incapacidade de recuperar qualquer órgão público, por mais relevante que seja. Não houve um só movimento para recuperar a capacidade de planejamento da Fundap, Cepam, para arejar a Fundação Seade, para capacitar o DER, a CESP.

É como se o Estado não acreditasse em sua capacidade de gestão. Em vez de estratégias de racionalização, a serem aplicadas a cada caso, transforma-se terceirização e privatização em peça central, em dogma absoluto de política pública. E sempre aberto a toda sorte de manobras, como o caso escandaloso da Cultura Marcas, na gestão Marcos Mendonça, que Sayad varreu para baixo do tapete.

Não se olha o potencial não explorado de nenhuma instituição paulista. Todas são meramente centros de custos para administradores sem nenhuma imaginação e nenhuma vontade de pegar no batente.

Por bene

É o enterro final da TV Cultura?

Vão demitir 1400 funcionários, vender estúdios...

Triste fim. Muito triste.

Bomba: TV Cultura vai cortar programas e demitir 1.400

Ex-secretário de Cultura do Estado de São Paulo, João Sayad assumiu a presidência da TV Cultura em junho com a missão de reduzir a TV pública paulista a uma simples TV estatal. Com o aval do ex-governador José Serra e do atual governador, Alberto Goldman, Sayad pretende reduzir ao máximo a produção de programas e cortar o número de funcionários em quase 80%, dos atuais 1.800 para 400.

Sayad pensa até em vender o patrimônio da TV Cultura. Já encomendou aos advogados da emissora um estudo sobre a viabilidade de a Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV, se desfazer de seus estúdios e edifícios na Água Branca, em São Paulo.

Em reuniões com diretores da emissora, Sayad tem dito que a Cultura não precisa ter mais do que 400 funcionários, que ficariam, segundo ele, muito bem instalados em um andar de um prédio comercial. A postura evidencia que a TV Cultura deixou de ser uma questão de política pública. Passou a ser um "pepino", um problema a ser eliminado pelo governo do Estado.

Fontes ouvidas pelo blog informam que Sayad vive dizendo que irá transformar a Cultura, hoje produtora de programas, em uma coprodutora. Ou seja, ela deixará de produzir de produzir programas de entretenimento. Passará a encomendá-los a produtoras independentes e a comprá-los no mercado internacional. Atrações como o Metrópolis podem estar em seus últimos dias.

O jornalismo da Cultura deixará de investir no noticiário do dia a dia, caro e melhor produzido pelas redes comerciais. A partir de setembro, o Jornal da Cultura, com Maria Cristina Poli, passará a ser um jornal mais de debates, de discussão sobre o noticiário, do que de notícias.

Corte de receitas

A TV Cultura tem hoje um orçamento de cerca R$ 230 milhões. Desse total, R$ 50 milhões vêm da venda de espaço nos intervalos dos programas para anunciantes privados. Outros R$ 60 milhões são oriundos da prestação de serviços, como é chamada na emissora a produção de programas e vídeos para instituições como o Tribunal Superior Eleitoral, a Procuradoria da República, a TV Assembleia (do Estado de S.Paulo) e a TV Justiça.

Pois a gestão de Sayad já iniciou o desmonte dessas duas fontes de recursos. Até o ano que vem, a TV Cultura não terá mais nenhuma publicidade comercial em seus intervalos nem produzirá mais programação para órgãos públicos (a publicidade institucional, irrisória, será mantida). Dessa forma, reduzirá uma boa parte do seu número de funcionários.

Se o plano for executado, a TV Cultura sobreviverá apenas dos R$ 70 milhões que o governo do Estado aporta diretamente todos os anos, além de outros R$ 50 milhões ela que recebe pela produção de conteúdo para as secretarias estadual e municipal de Educação.

Demissões em massa

O plano de demissões de Sayad é mais complexo. Por causa das eleições de outubro, ele não pode demitir funcionários contratados em regime de CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) até dezembro. A Cultura tem entre 1.000 e 1.200 funcionários celetistas. Esses trabalhadores têm emprego garantido até janeiro. Depois, dependem da postura do novo governador do Estado. Para demitir funcionários celetistas, Sayad precisará do apoio do futuro governador, porque terá de contar com verbas extras para pagar as indenizações.

Já os profissionais contratados como pessoas jurídicas (os PJs, pessoas que têm microempresas) podem ser "demitidos" a qualquer momento. Eles seriam de 600 a 800. Os cortes devem ser feitos à medida que contratos de prestação de serviços, como o da TV Assembleia, forem vencendo e não renovados.

Outro lado

O blog tentou ouvir o presidente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad, sobre as mudanças que ele pretende implantar na TV Cultura. Na última segunda-feira, por meio da assessoria de imprensa da emissora, pediu uma entrevista. Ontem à tarde, a TV Cultura informou que Sayad não falaria com o R7.

As informações aqui publicadas foram relatadas previamente à assessoria de imprensa da TV Cultura. Nada foi negado.


PORTAL LUIS NASSIF
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-desmonte-final-da-tv-cultura

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Favela sobre lixão em Santo André corre risco de sofrer deslizamento



A Favela Espírito Santo, construída sobre um antigo lixão no bairro Cidade São Jorge, em Santo André está na mesma situação que o Morro do Bumba que desabou na última semana deixando pelo menos 36 mortes. A favela foi construída após a desativação do lixão em 1.987. No local vivem, segundo os ambientalistas do MDV (Movimento em Defesa da Vida), 1,4 mil famílias. "Aquilo é uma bomba relógio, pode explodir a qualquer hora", sustenta o secretário do MDV, José Contreras Castilho. Para o ambientalista a prefeitura permitiu a ocupação. "A administração foi complacente e trouxe água e energia". O MDV tentou há três anos buscar um acordo para a retirada das famílias, o acordo seria entre prefeitura e Ministério Público. "Foram feitas várias audiências públicas, mas as famílias continuam no local", diz Contreras. Um estudo do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) de 1998 aponta a possibilidade de escorregamentos.
A Prefeitura de Santo André informou através de nota que estão em andamento as obras de urbanização, que beneficiarão cerca de 1.500 famílias. De acordo com a prefeitura aproximadamente 890 famílias terão que ser removidas para 5 conjuntos habitacionais. O início da retiradas das famílias está previsto para o segundo semestre. A urbanização beneficiará 602 famílias que permanecerão nas próprias áreas de intervenção. Parte do núcleo Espírito Santo I já está sendo beneficiado com obras de urbanização desde 2003, conforme contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Dentro dessa verba estão inclusas a recuperação ambiental da área e a construção de 207 unidades habitacionais.
"Estamos fazendo bom uso do recurso federal, que já estava disponível desde 2007 e ainda não havia sido utilizado", afirmou Frederico Muraro Filho, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação. A atual Administração de Santo André, liberou verba destinada às obras de urbanização do Núcleo Espírito Santo encontrava-se com cláusula suspensiva, determinada pelo Ministério das Cidades.

Jornal ABC REPORTER
José Contreras - Ambientalista e diretor do MDV (Movimento em Defesa da Vida)

domingo, 1 de agosto de 2010

Incêndio na Estação de Paranapiacaba


Na verdade, não houve incêndio quando o relógio estava lá। Na construção da cremalheira, a estação antiga foi "cortada ao meio" devido ao rebaixamento do pátio em um dos lados। Com o tráfego da Serra Velha suspenso, e a descida da serra sendo feita apenas pela Serra Nova, a parte da estação que ficou em pé continuou funcionando precariamente, até construírem a outra. Depois retiraram o relógio e colocaram-no sobre a nova torre construída na nova estação (e a estação "cortada", continuaria funcionando). A cremalheira foi inaugurada, mas trens de passageiros continuavam a descer pelo funicular. Creio que isso tenha sido interrompido por volta de 1980, onde os trens de passageiros para Santos já estavam descendo pela cremalheira. Nessas alturas, a "metade" da estação antiga que ainda funcionava já estava desativada. Apenas ruínas. Até que num belo dia a estação antiga pegou fogo. Já desativada e sem nada, o que queimou foram apenas algum madeiramento que ainda estava lá. Pouco tempo depois a RFFSA retirou os escombros das colunas em aço, entre outras coisas. Logo, o motivo do fim da estação antiga (a 2ª estação) não foi o incêndio. Ela já estava desativada havia algum tempo. A cremalheira poderia muito bem ter sido construída sem destruir a estação antiga. Era necessário fazer alguns aterros em alguns locais (o que encareceria a obra um pouco), para abrir o raio de curva do pátio. Mas a RFFSA não se preocupou muito com isso. Mais fácil destruir a estação velha. (Thomas Corrêa, 2009)

São Paulo Railway (1867-1946)

E। F. Santos-Jundiaí (1946-1994)

CPTM (1994-2001)


http://www.estacoesferroviarias.com.br/p/paranapiacaba.htm

Pela Volta dos Trens de Passageiros



HISTORICO DA LINHA: A São Paulo Railway - SPR ou popularmente "Ingleza" - foi a primeira estrada de ferro construída em solo paulista. Construída entre 1862 e 1867 por investidores ingleses, tinha inicialmente como um de seus maiores acionistas o Barão de Mauá. Ligando Jundiaí a Santos, transportou durante muito anos - até a década de 30, quando a Sorocabana abriu a Mairinque-Santos - o café e outras mercadorias, além de passageiros de forma monopolística do interior para o porto, sendo um verdadeiro funil que atravessava a cidade de São Paulo de norte a sul. Em 1946, com o final da concessão governamental, passou a pertencer à União sob o nome de E. F. Santos-Jundiaí (EFSJ). O nome pegou e é usado até hoje, embora nos anos 70 tenha passado a pertencer à REFESA, e, em 1997, tenha sido entregue à concessionária MRS, que hoje a controla. O tráfego de passageiros de longa distância terminou em 1997, mas o transporte entre Jundiaí e Paranapiacaba continua até hoje com as TUES dos trens metropolitanos.

A ESTAÇÃO: A estação de Paranapiacaba, aberta com o nome de Alto da Serra em 1867, é uma das mais cantadas em prosa e verso no Brasil e até no mundo. Feita para ser o pátio de operações do sistema de cabos implantado pelos ingleses em 1867, nela foi mais tarde, em 1896, construída uma vila para os funcionários da São Paulo Railway que com seu estilo inglês e sua beleza, aliada às belezas naturais do local, foi tombada pelo Patrimônio Histórico há muito tempo. Por volta de 1900, uma segunda estação, diferente e maior do que a original, foi construída. A estação primitiva, a original, entretanto, ainda pode ter o seu local identificado: segundo Thomas Corrêa, o local exato dela é onde hoje se encontra a subestação elétrica. Parte da beirada da plataforma de pedra é possível ver ainda. Em 1907, o nome da vila foi trocado para Paranapiacaba, "lugar de onde se avista o mar". O nome da estação, entretanto, permaneceu como Alto da Serra até 1945, quando foi alterado para Paranapiacaba. Há vezes em que se vai a Paranapiacaba e não se enxerga um palmo adiante do nariz, devido ao denso nevoeiro da serra. Exatamente ali, a linha começa a descer a serra. Do outro lado da linha, a vila continuou a se expandir, sem manter o estilo original, mas ainda é um apenas pequeno bairro afastado do município de Santo André. Em janeiro de 1981, um incêndio destruiu o prédio da antiga estação; desde 1977, entretanto, uma nova estação, mais simples, já estava funcionando em local próximo. A antiga estava desativada, e o fogo apenas apressou o seu fim. Era, entretanto, um prédio já descaracterizado em muitos aspectos. O relógio, salvo do fogo, foi consertado e colocado sobre uma nova torre ao lado do prédio novo. Muito se escreveu e ainda se escreve sobre a estação, que, de orgulho da ferrovia, transformou-se
em uma de suas vergonhas. Pelo seu imenso pátio estão espalhados esqueletos de carros e locomotivas antigas, novas, a vapor e diesel, carros de madeira e de aço e mais uma infinidade de equipamentos que sofrem com o abandono geral das ferrovias. Paranapiacaba era atendida até novembro de 2001 pelos trens metropolitanos da CPTM, que para lá iam em diferentes horários, mas não tantos quantos os que chegavam a Rio Grande da Serra diariamente. A partir daí, os trens somente passaram a seguir nos fins de semana para Paranapiacaba, e um ano depois, a suspensão total do trem para a vila acabou desagradando a muitos mas mantendo a triste tradição que a ferrovia mantém nos últimos cinqüenta anos: agradar somente a ela própria, não a seus usuários. Hoje muito se fala e pouco se faz pela tristemente bela Paranapiacaba. Em 2002, a Prefeitura de Santo André adquiriu a vila inglesa, mas não a vila ferroviária, que continua abandonada. "Eu cheguei a conhecer a Paranapiacaba com roseiras nos jardins. Eu aguardava o ano inteiro para que as férias chegassem, pois sabia que mamãe nos levaria de trem para Santos. Pararíamos em Paranapiacaba para esperar as manobras dos trens. Eles, em muito casos, eram divididos em comboios menores para poder descer, a cabo ou na cremalheira. Tudo isso, manobras, desmonte, descida da serra e recomposição dos trens lá embaixo em Raiz da Serra ou em Piassagüera, levava 50 minutos. Em Paranapiacaba, então, eu me lembro com saudades do sanduíche de mortadela. Não tinha igual. Aí, o tempo passou, eu cresci, a ferrovia descambou, a estação ali pegou fogo, fizeram uma feiosinha, a vila ficou semi-abandonada. Fiquei anos sem voltar lá. Agora, parece que está se recuperando, graças à iniciativa da Prefeitura de Santo André" (Nilce Balieiro, 13/11/2006).

Linha-tronco - km 30,300 (1935) SP-2654 Inauguração: 16.02.1867 Uso atual: fechada com trilhos

São Paulo Railway (1867-1946)
E. F. Santos-Jundiaí (1946-1994)
CPTM (1994-2001)

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Renato Gigliotti; Paulo Augusto Mendes; Lourenço Paz; Jacobus Smit; Paulo Sérgio V. Filho; Wilson de Santis Jr.; Nilce Balieiro, 2006; São Paulo Railway: Relação oficial de estações, 1935; Guias Levi, 1932-79; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)

EM DEFESA DO PARQUE GUARACIABA



Este trabalho tem como objetivo refletir sobre o destino do Parque Guaraciaba,no Município de São André. Este parque já foi uma área de preservação ambiental e hoje existe a possibilidade de torna-se um aterro sanitário. Ele é considerado uma micro-bacia hidrográfica, pois possui uma área de 510.580 m² de área verde com uma vegetação remanescente da Mata Atlântica e um lago natural de 1,4 milhões m³ de água. Tanto a área verde como os corpos de água existentes no parque atuam como um elemento importante no clima urbano da região reduzindo os efeitos da chamada “ilhas de calor”. A Região Metropolitana vive uma crise no abastecimento de água doce, necessitando busca-la em outra bacia hidrográfica. Este dado reforça a necessidade de preservar qualquer recurso hídrico para o futuro próximo. Portanto os recursos existentes no parque deveriam ser suficientes para garanti-lo como área de preservação ambiental.

Leia o texto completo:


http://www.revistas2.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/50/48

Consulte o local de votação

Consulte o local de votação Não lembra a seção em que você vota? Serviço do TSE informa endereço, zona, seção e a situação do eleitor pesquisado


http://tse.gov.br/internet/servicos_eleitor/consultaNome.htm

O voto no candidato e o voto na legenda

Uma das opções para quem está indeciso sobre a escolha de candidato a deputado estadual ou deputado federal é votar no partido. Para isso, a legislação brasileira prevê o voto de legenda, pelo qual quem não escolheu um candidato específico vota na sigla. O eleitor que opta por esse tipo de voto digita na urna eletrônica apenas o número da agremiação partidária.

Os votos de legenda serão somados aos votos individuais, num cálculo chamado de quociente partidário – que determina quantas vagas em disputa ficarão com cada partido ou coligação partidária. No fim do processo, conquistarão mais cargos os partidos mais bem votados e, dentro deles, os candidatos mais bem votados.

Esse processo ocorre dessa forma porque o Brasil adota o sistema de eleição proporcional, que leva em conta tanto os votos recebidos pelo partido quanto os votos nominais em cada candidato.

Um dos efeitos colaterais do sistema proporcional consiste na eleição de candidatos que receberam número mínimo de votos individuais. Esse fenômeno ocorre quando o partido possui um "puxador de votos" forte, que consegue votação nominal alta e acaba favorecendo outros candidatos da mesma coligação.

O exemplo mais notório desse tipo de situação ocorreu na eleição do falecido deputado Enéas Carneiro, do extinto Prona (Partido da Reedificação da Ordem Nacional). Depois de disputar por três vezes a Presidência da República, com o bordão “Meu nome é Enéas”, ele se elegeu deputado federal, por São Paulo, com 1,57 milhão de votos. A votação extraordinária de Enéas permitiu que seu partido elegesse outros cinco deputados federais – um deles com apenas 275 votos.

Outra crítica recorrente ao sistema eleitoral brasileiro diz respeito à diferença de representação de estados na Câmara dos Deputados. Como exemplo, São Paulo, estado mais populoso, com 40 milhões de habitantes, tem 70 deputados. Já o Acre, com menos de 600 mil habitantes, possui oito deputados. Em outras palavras, o voto do eleitor acreano equivale a 13 votos de paulistas.
A legislação brasileira estipula teto de 70 deputados por estado – caso de São Paulo – e piso de oito representantes. Essa regra acabou produzindo representação desproporcional, decorrentes da criação de novos e pouco populosos estados nas últimas décadas, tais como Acre, Roraima, Rondônia, Amapá, Mato Grosso do Sul e Tocantins.

Qual a diferença entre voto em branco e voto nulo?


Na prática, não há mais diferença entre um e outro. Nenhum deles conta na hora de fazer a soma oficial dos votos de cada candidato. Desde 1997, quando houve uma mudança na legislação eleitoral, os votos brancos e nulos passaram a ter significado quase idêntico, ou seja, não ajudam e nem atrapalham a eleição. Como muita gente não sabe disso, a confusão persiste.

O voto nulo ocorre quando o eleitor digita, de propósito, um número errado na urna eletrônica e confirma o voto. Para votar em branco, o eleitor aperta o botão "branco" do aparelho. Antes de existir urna eletrônica, quem quisesse anular o voto rasurava a cédula de papel – tinha gente que escrevia palavrão e até xingava candidatos. Quem desejasse votar branco, simplesmente deixava de preencher os campos da cédula.

As dúvidas sobre esse assunto sobrevivem porque, até 1997, os votos em branco também eram contabilizados para se chegar ao percentual oficial de cada candidato. Na prática, era como se os votos em branco pertencessem a um "candidato virtual". Mas os votos nulos não entravam nessa estatística.

Com a lei 9.504/97, os votos em branco passaram a receber o mesmo tratamento dos votos nulos, ou seja, não são levados em conta. A lei simplificou tudo, pois diz que será considerado eleito o candidato que conseguir maioria absoluta dos votos, "não computados os em brancos e os nulos".

Mas por que então os votos em branco eram contabilizados antes? Há controvérsia sobre isso. Alguns juristas e cientistas políticos sustentam que o voto nulo significa discordar totalmente do sistema político. Já o voto em branco simbolizaria que o eleitor discorda apenas dos candidatos que estão em disputa. Daí, ele vota em branco para que essa discordância entre na estatística. Porém, depois da mudança da lei essa discussão perdeu o sentido, já que tanto faz votar branco ou nulo.

Vale a pena lembrar também que nas últimas eleições tem circulado e-mails que pregam anular o voto como forma de combater a corrupção na política.

Esses textos dizem que se houver mais de 50% de votos nulos e brancos a eleição será cancelada e uma nova eleição terá de ser marcada, com candidatos diferentes dos atuais. Puro engano. Tudo isso não passa de leitura errada da legislação, segundo as mais recentes interpretações do próprio TSE (Tribunal Superior Eleitoral).